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Ciência da Meditação

Benefícios da Meditação de acordo com a ciência

Almir Araújo
Escrito por Almir Araújo em 29/02/2020
Benefícios da Meditação de acordo com a ciência

Inúmeros benefícios têm sido associados às práticas de meditação, especialmente quando falamos sobre meditação mindfulness.

Porém, muitos destes benefícios ainda precisam de mais estudos, maior rigor na aplicação de metodologia científica e maior volume de reprodutibilidade dos resultados são apenas alguns fatores que devem ser levados em consideração.

Sendo a reprodutibilidade uma força essencial do método científico, é de suma importância que os experimentos possam ser replicados por outros pesquisadores por diversas vezes, bem como a confirmação ou não dos resultados observados anteriormente.

Contudo, a falta de reprodução de estudos ainda se mostra um problema presente na ciência, particularmente quando falamos de novas descobertas no campo do comportamento humano.

Na Psicologia, por exemplo, apenas 39% das cem descobertas mais citadas tiveram tentativas de reprodução metódica aplicadas.

Isso sem contar o viés de publicação, que faz com que os cientistas evitem publicar estudos que não tenham oferecido resultados significativos.

Há maior incentivo para publicação de novas descobertas do que para a reprodução de estudos feitos anteriormente.

É justamente por estes e outros motivos que talvez você sinta falta aqui de alguns dos benefícios mais citados por ai, porém, optei por adotar um olhar que tem como base uma revisão séria, sistemática e feita por profissionais extremamente experientes e qualificados quando se trata de neurociência contemplativa.

Se você quiser informações mais completas sobre esses dados, sugiro que você leia o livro “A Ciência da Meditação” (link na Amazon), dos autores Richard Davidson e Daniel Goleman, pois o resultado desse trabalho metódico e minucioso está lá.

Para conhecer um pouco mais sobre o trabalho do Dr. Richard Davidson, acesse: https://www.richardjdavidson.com/

Ainda, é importante salientar que não estou dizendo que os outros resultados não são válidos ou relevantes, na ciência toda informação contribui para o conhecimento.

Contudo, para fazermos algumas afirmações ainda é necessário que tenhamos dados mais sólidos e aplicação de aprimoramento de metodologias que foram identificadas pelo grupo de Davidson na Universidade de Wisconsin-Madison, que conta com mais de 100 profissionais de diversas áreas do conhecimento científico.

Ressalvas feitas, vamos ver quais são os principais benefícios relatados por Davidson e sua equipe.

Primeiro, eles dividem os praticantes de meditação em 3 grupos distintos que são separados pela quantidade de horas de práticas meditativas acumuladas ao longo da vida e, os benefícios observados se mostram diferentes em cada um deles.

Grupo 1 – Meditadores com um total de até 100 horas de prática

Os indivíduos deste grupo mostram diminuição da reatividade amigdalar, um nódulo essencial ligado ao circuitos do estresse no cérebro, após participar de um programa MBSR (Mindfulness-Based Stress Reduction) com aproximadamente 30 horas.

Outros benefícios observados são: melhorias na atenção, a diminuição da divagação mental, o aumento do foco e a melhora na memória de trabalho.

Sobre a saúde física, é possível notar pequenas melhorias nos marcadores moleculares do envelhecimento das células.

Grupo 2 – Meditadores com um total entre mil e 10 mil horas de prática

Os efeitos observados no grupo anterior parecem ganhar profundidade no grupo 2, enquanto outros emergem.

Nesse grupo já é possível observar a diminuição dos indicadores neurais e hormonais ligados a reatividade ao estresse.

Mais um benefício interessante é que uma conectividade funcional no cérebro que é importante para regulação emocional se mostra fortalecida e, a secreção do cortisol, hormônio chave da reatividade ao estresse, diminui.

Melhorias relacionadas ao processo atencional também se fortalecem nesses meditadores. Há maior estímulo da Atenção Seletiva, a Piscada Atencional diminui e há mais facilidade para sustentar a atenção.

Por fim, se observa uma regulação decrescente da divagação mental e dos pensamentos auto-obsessivos.

Grupo 3 – Meditadores com um total entre 12 mil e 62 mil horas de prática 

Considerados meditadores “olímpicos”, esses praticantes são mais experientes e mostram sinais mais sólidos de que os estados meditativos estão se tornando traços. Isso significa que esses estados se fundem com as atividades do dia a dia e viram características duradouras.

Esses meditadores também apresentam pouca atividade cerebral de antecipação a dor, bem como uma recuperação mais rápida após um episódio de dor.

Além disso, seu esforço para sustentar a atenção se mostra muito menor do que de meditadores menos experientes.

Outras evidências sugerem que mudanças estruturais no cérebro desses meditadores favorecem a diminuição do apego, da possessividade e do foco em si próprio.

Esses são alguns dos benefícios que temos evidências mais sólidas atualmente. Para um entendimento mais aprofundado, recomendo fortemente que você leia o livro “A Ciência da Meditação”(link na Amazon), lá você encontrará informações mais completas e poderá entender o contexto destas afirmações.

Espero que esse texto tenha sido útil pra você.

Curso Meditação Mindfulness

Ah, conta pra gente, se você já pratica meditação, quais são os principais benefícios que você observa na sua vida?

Para saber mais sobre mindfulness e meditação, acesse os links abaixo:

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